Complexo de Inferioridade
- Ronald Lima
- 24 de jun. de 2017
- 7 min de leitura

O que é o complexo de inferioridade?
Você pode não saber o que é isso, mas posso afirmar que em algum momento na sua vida você se sentiu inferior, perdedor e até desprezível.
Vamos descobrir aqui os sinais de quem não se recuperou deste sentimento vivido no passado e aprender a vencer o complexo de inferioridade.
Objetivos
Iniciar a reunião com a dinâmica “Feedback”, que desperta aspectos de auto-estima em cada um;
Entender o que é o complexo de inferioridade, sua causas e manifestações;
Hora de despertar
Dinâmica Feedback - Antes de começar o estudo, pedir que cada participante preencha a planilha (anexo 29). Sabendo que ninguém vai ler o conteúdo do que for escrito. É individual e particular.
Essa listagem será usada no final da reunião.
Conexão
O que é “complexo de inferioridade”? São sentimentos de insuficiência e até incapacidade de resolver os problemas, o que faz com que a pessoa se sinta um fracasso em todos, ou em alguns aspectos de sua vida. É o que hoje chamamos de baixa auto-estima, que é quando não se tem consciência de seu valor pessoal. A baixa auto-estima pode comprometer todos os relacionamentos, seja pessoal, profissional, afetivo, familiar, social.
Causas - O complexo de inferioridade pode ter se originado por variadas causas, algumas listadas abaixo:
Atitudes dos pais – comentários negativos, comparações e críticas severas.
Comparações – ser comparado com outras pessoas, sendo que você é o pior e o outro é melhor.
Defeitos físicos – você nasceu diferente dos outros no aspecto físico. Os comentários e brincadeiras causam reações emocionais e experiências desagradáveis.
Limitações mentais ou intelectuais – quando acontecem comparações desfavoráveis das realizações superiores de outrem se suas performance não foi satisfatória. Você sempre fica em último lugar.
Preconceitos e desvantagens sociais – você pode fazer parte de uma minoria e se sente diminuído: linhagem familiar, raça, sexo, classe econômica e religião.
Ser tratado como objeto – você só tem valor se você der algum tipo de lucro ou vantagem para quem está perto de você. Não existe sentimento de amor. A sua presença só é necessária porque você traz algum benefício no seu esforço ou no que você tem.
Manifestações – O complexo de inferioridade pode se apresentar sob vários sintomas alguns listados abaixo.
Isolamento –desistência de contatos sociais
Críticas severas alheias ou só enxerga defeitos nos outros. Pessimismo.
Busca excessiva de atenção
É um líder agressivo
Inveja - Não aceita a unção de Deus mais forte na vida do seu irmão, ou do seu companheiro de ministério
Sentimentos agudos de incapacidade e inferioridade
Excessiva sensibilidade a críticas
Super valorização da bajulação alheia
É perfeccionista
É indisciplinado. Tem dificuldade de se submeter a autoridades
Dinâmica Palavra
Vamos olhar agora como era a auto-estima de alguns homens da Bíblia:
José - Mostrou que apesar de todas estas confusões familiares que o envolveram, é possível vencer.
Genesis 37:3-4;9;28 / 45:3-5 - José foi vendido como coisa, foi tratado como algo e não alguém, foi negociado por 30 moedas de prata pelos irmãos aos Ismaelitas. E quando somos tratados como coisa, como objeto, o diabo se aproveita disso para gerar em nós sentimentos de inferioridade.
José tinha tudo para dizer:”tenham pena de mim”, Mas em nenhum momento você o vê manifestando sentimentos de inferioridade. Porque Ele tinha consciência de quem ele era em Deus! Precisamos saber quem nós somos em Deus!
José venceu a amargura. Ele foi traído pelos irmãos. E toda traição tende a gerar em nós amargura. E José passa pelo calabouço, é traído pelos irmãos, mas no final ele perdoa seus irmãos.
Ele venceu o complexo de inferioridade dentro da sua casa.
Gênesis 39:3; 6-8;19-22 - Ele venceu a tentação de ser um esperto dentro da casa do seu patrão. Depois venceu a depressão. Isto porque foi caluniado e lançado dentro de uma masmorra, mas quando observamos a sua história, não vemos abatimentos psíquicos.
Gênesis 41:39-41 / 47:5; 11-12 – José venceu as tentações do poder. Foi fiel a Faraó e por isso ele permitiu que toda sua família ficasse no Egito, em uma boa terra.
Gideão – Juízes 6:11-16 – Ao contrário de José, Gideão não sabia quem ele era em Deus. O Senhor deu a ele uma grande missão e ele foi logo apresentando argumentos a Deus, revelando a sua baixa auto-estima.
A palavras que Deus ministrou a Gideão era como se estivesse dizendo: “Gideão, a diferença não está na tribo que você faz parte, tão pouco na família a qual você pertence, muito menos no seu sobrenome. Somente vai, nessa tua força!” e a diferença está aqui : “Eu serei contigo e tu vencerás os midianitas como se fossem a um só homem!”. É a presença de Deus que faz a diferença!
Uma pessoa complexada não recebe grandes coisas de Deus, não consegue enxergar além da mediocridade, não irá nutrir os sonhos de Deus no seu coração. Sempre usam as seguintes frases: “Não sou..., não consigo...,não posso..., deixa o outro fazer..., o outro faz melhor..., não dá...”.
Saul – I Samuel 9:1-2;19-21 / 10:20-24 – Saul era complexado. Era alto e bonito por fora, mas no dia que o escolheram para assumir o posto de rei em Israel, ele sumiu e o acharam escondido entre as bagagens. Sabe por quê? Saul era grande por fora e raquítico por dentro.
I Samuel 16:14 / 18:5-9 / 19:1;9-10 - Saul desenvolveu sérios comportamentos indisciplinados, talvez como mecanismo de defesa para superar o complexo oriundo das comparações que o povo fazia em relação a Davi. Saul não aguentava ver Deus usando Davi. Saul era rei e Davi era um pequeno pastor de ovelhas e tocava harpa com a unção de Deus.
Saul nutre um sentimento de inveja tão grande que ele tenta, por seguidas vezes, matar Davi.
Davi – I Samuel 16:10-14;19-23 /17:33-37 - Davi foi ungido para se rei em Israel em torno dos seus 14 anos, mas reinou somente quando tinha 30 anos de idade. Ele precisou esperar o tempo certo. Aceitar a vontade de Deus.
Enquanto a promessa de Deus não tinha se cumprido, ele mostrou ser um rapaz com alta auto-estima: Pastoreava as ovelhas de seu pai com muita dedicação; Serviu a Saul com excelência, aturando suas loucuras; E quando se viu diante de um grande desafio, não teve medo. Enfrentou o gigante sozinho e venceu. Davi era pequeno por fora, mas um gigante por dentro!
Moisés - Êxodo 18:13-14;17;24 – Moisés aceitou a sugestão do seu sogro de bom grado. Ele sabia ser criticado.
Eliseu – II Reis 6:1-4 – Eliseu também aceitou a sugestão dos seus discípulos de bom grado. Ele sabia ser criticado.
O caminho de saída dos complexos:
Você não precisa da aprovação de todos – A palavra de Deus diz:” Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade”(2 Timóteo 2:15). Nossa preocupação na deve ser agradar a todos, mas sim a Deus.
No esquema de Deus não existe superioridade nem inferioridade – Em I Coríntios 12:12-31, Paulo nos ensina que no projeto de Deus, todos têm um valor singular no corpo de Cristo. Precisamos uns dos outros porque nenhum de nós é perfeito. Devemos nos aperfeiçoar em amor.
Eu preciso ter uma percepção consciente de mim mesmo e da realidade – nunca desejar pegar algo que ainda não posso alcançar.
Aprenda a ser criticado – Quem não sabe receber críticas será sempre medíocre. As pessoas só se tornam grandes quando tem a grandeza de alma para ouvirem os outros dizerem: “não concordo”.
Aceite suas limitações e consagre-as a Deus
Use a sua fraqueza de forma criativa – Não dê lugar ao pessimismo.
Faça tudo de maneira significativa – Coloque a alma, intensidade, naquilo que estiver fazendo. Não espere elogios. E todos vão perceber que você está fazendo para a glória de Deus. Seja qual for o serviço que você esteja realizando para o reino de Deus, faça com significado e amor.
Não se preocupe em impressionar as pessoas – Não se preocupe em marketing, em aparecer o seu nome, não se preocupe em alargar seu ministério. Mas se preocupe em aprofundar o seu ministério, aprofundar a sua vida em Deus e deixe que o resto Deus vai fazer em teu favor. Assim como Deus disse a Abraão: “Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção”(Gênesis 12:2).
Dinâmica - Alta e Baixa auto-estima – Separe previamente rolos de papel higiênico (aproximadamente 05 para cada participante).
Verifique se todos sabem o que é auto-estima. Se não souberem, explique que auto-estima é a forma como uma pessoa se sente a respeito de si mesma, e que a auto-estima está estreitamente relacionada com o contexto social onde vivemos (família, escola, amigos, trabalho).
Entregue os rolos de papel dizendo que eles representa a nossa auto-estima.
Explique que você lerá uma lista de situações que podem prejudicar a nossa auto-estima. Diga que, a cada vez que você ler uma frase: eles deverão empilhar os rolos quando for uma situação que aumenta sua auto-estima ou retirar os rolos na proporção do prejuízo que essa situação traz à sua auto-estima.
Leia as frases na seguinte ordem:
Seus colegas a escolheram como líder.
Você recebeu uma carta de amor.
Seu pai ou sua mãe disseram que você é a coisa mais importante da vida deles.
Brigou com o namorado ou brigou com o marido.
Você tirou péssimas notas na escola.
Seu pai ou sua mãe deram uma bronca em você.
O seu pastor te deu uma nova função na igreja.
Um grupo de amigos íntimos não a convidou para um passeio.
Você foi uma das primeiras colocadas em um concurso.
O chefe criticou o seu trabalho na frente de todos os colegas.
A sua irmã da igreja disse que você está linda hoje.
Zombaram de você por causa do seu cabelo.
No final desta dinâmica teremos algumas torres destruídas e outras em pé. Fale com os participantes: Observando o resultado desta dinâmica. Como você vê a sua auto-estima hoje? Ela está alta ou baixa?
Observando o resultado desta dinâmica junto com a sua listagem do “Feedback”, responda a algumas perguntas:
Seus defeitos superam as suas qualidades?_______
Você se acha tão superior que não tem defeitos?_______
Você possui defeitos que são superados pelas suas qualidades?________
Você teve dificuldade em descrever a sua profissão?________
Como você vê a sua auto-estima hoje? Ela está alta ou baixa?
Quem é você para Deus?
Desafio
Dinâmica “Quem Eu Sou Faz a Diferença”
Dê para cada um grupo três (03) broches gravados o dizer: “Quem Eu Sou Faz a Diferença” e os oriente a entregar os broches para 03 pessoas que estejam desempenhando um papel diferente, que fazem a diferença na sua vida.
Acompanhe os resultados para ver quem vai homenagear quem, e informar esses resultados para o grupo, ao final de uma semana.
Essa dinâmica desperta a auto-estima. Você vai observar a reação de cada um quando recebe o broche e de quem recebe mais broches do que os outros. Pessoas com baixa auto-estima tendem a querer mostrar quantos broches ganhou e se não ganhou nenhum ficará profundamente triste ou chateado.
Essa dinâmica trouxe um movimento incrível para a igreja.
Modelo do broche:

Textos extraídos do livro: Estudos bíblicos para Grupos de Discipulado ou Células por Ronald Lima e da Apostila de Cura Interior – Autor Timóteo Marques
Anexo 29


コメント